Até 2020, empresas que não usam computação em nuvem serão tão raras quanto as que não utilizam internet hoje, de acordo com o Gartner Inc., líder em pesquisa e aconselhamento em tecnologia. “Vivemos em uma era de industrialização digital, conseguimos automatizar muitos processos, gerar muito mais escala do que antigamente. A nuvem facilita esse modelo. Soluções pela internet dão abrangência de usuários e a escala traz economia”, explica o diretor de Pesquisas do Gartner Henrique Cecci.
Pesquisa do Gartner com empresas de vários setores constatou que 90% delas pretendem ter algum serviço em nuvem até 2017. Porém, nem todas seguirão a tendência com a mesma velocidade, caso daquelas com perfil bancário, devido a questões como privacidade e segurança. Com isso em mente, grandes bancos ainda usam soluções privadas, mas gradualmente passam a utilizar, por exemplo, soluções de SaaS (Software as a service) -como parte de movimento crescente de OPEX (operational expenditure) versus CAPEX (capital expenditure).
Ainda que o universo financeiro seja muito mais conservador, as fintechs, por exemplo, exploram canais eletrônicos e estão mais aceleradas, são mais pioneiras, têm mais coragem de experimentar. Com a digitalização, reduzem custos e usam bons mecanismos de segurança em nuvem. A Amazon é pioneira e uma das maiores fornecedoras na área, inclusive para as fintechs, com o AWS (Amazon Web Services). E a tendência de mobile payment, por exemplo, na maioria dos casos utiliza solução em cloud, como pagamento e autenticação.
Cecci lembra que o comércio eletrônico seria inviável sem a nuvem. Essa tecnologia evoluiu muito e há várias maneiras de fazer com que tenha nível até superior de segurança. “Existem várias empresas no Brasil usando clouds em meios de pagamento e identificação, bastante seguros”.
Brasil
Enquanto os gastos das empresas com TI têm variação pequena de ano a ano, o investimento em nuvem cresce 18,5% no mundo e, no Brasil, 23%. Atualmente, o País tem infraestrutura pública de acesso com cabos submarinos e aumento da conectividade. Hoje não há tantas restrições para conseguir links de alta velocidade e com os investimentos previstos isso não deve ser deve ser problema.