
Dentre as várias tendências para os bancos do futuro que estão surgindo no mercado, podemos dizer que o principal fator que os une é, sem dúvidas, o foco na experiência do cliente. Afinal, com a tecnologia facilitando as nossas rotinas, quem não se adequar perderá espaço no mercado.
A seguir, separamos 6 dessas tendências para você ficar atualizado sobre o que está por vir.
Pelo menos é o que prevê o presidente de uma grande empresa alemã fabricante de caixas eletrônicos, em entrevista divulgada em 2017 no portal de notícias da Folha de S. Paulo.
A tendência é que os clientes utilizem cada vez menos as agências como hoje elas são, não dependendo, portanto, de segurança pesada.
Segundo a divulgação, as funções administrativas serão centralizadas em máquinas e os clientes poderão contar com um funcionário remoto, cuja interação se dará via online. A agência, portanto, passará a ser um espaço de conveniência, onde os clientes poderão tomar um café e efetuar transações de forma totalmente digitalizada.
Para Thiago Arnese, fundador da Hash Lab, empresa de tecnologia de meios de pagamento, uma das fortes tendências para os bancos do futuro é a utilização da chamada Second Payment Services Directive ou PSD2.
“Diria que é mais uma tendência conceitual do que tecnológica. PSD2 foi uma atualização da diretriz iniciada em 2015 na União Europeia para, principalmente, promover a concorrência nos serviços de pagamento e financeiros de uma maneira aberta e segura”, explica.
Ainda segundo Arnese, com a PSD2, os bancos e instituições foram obrigados a desenvolver e “abrir” suas APIs.
“Isso incentivou muito novos entrantes (pois os dados do cliente são acessíveis agora), novas soluções que unificam em uma só plataforma todos as contas-correntes e cartões, e até incentivou novas formas de pagamento, como, por exemplo, debitar direto da conta bancária (ou conta de pagamento) o valor da transação, economizando assim em taxas de cartão de crédito, por exemplo”, conclui.
Outra das tendências para os bancos do futuro é a chamada computação cognitiva, que permitirá que os aplicativos bancários sejam cada vez mais personalizados a cada cliente. Eles poderão sugerir, por exemplo, que uma compra não seja realizada caso o usuário ultrapasse seu ponto de equilíbrio financeiro.
Isso será possível por meio da coleta de dados nas redes sociais dos clientes, como comentários enviados via Twitter e Facebook, além do perfil de compras e todos os dados demográficos que permitem que os bancos conheçam melhor as experiências e expectativas dos clientes.
O dark analytics é uma das tendências para os bancos do futuro que eleva o big data a um novo nível.
Trata-se da análise de informações de dados não tradicionais, como arquivos de áudio, vídeo e imagem, além dos dados gerados pela IoT (Internet das Coisas) e pelos dados inexplorados da deep web.
Dessa forma, ele permite que o banco combine dados estruturados e não estruturados para compreender melhor os movimentos do mercado, incorporando informações da deep web com registros existentes.
Isso se traduzirá em melhor análise de dados, menos custos e um ambiente mais focado nos clientes.
Uma das tendências para os bancos do futuro está relacionada à automação, que deve ganhar um papel de destaque nesse setor.
Por meio do machine intelligence, os processos serão melhor automatizados e mais simplificados, eliminando a necessidade de funcionários humanos nas agências para determinadas atividades, reduzindo custos e prazos.
Com isso, os colaboradores conseguirão focar melhor na prestação de serviços e nos projetos que focam em melhorar a vida de seus clientes.
Já até falamos que os bancos brasileiros já começaram a olhar para a tecnologia Blokchain. Em abril de 2018, por exemplo, o banco Santander lançou um sistema de transferência internacional baseado nessa tecnologia, conforme divulgado pelo portal de notícias G1. Nele, a transferência de valores pode ser efetuada em até duas horas, em vez do prazo tradicional de dois dias.
Novas ideias de aplicação do Blockchain já estão em estudo e análise, e prometem baratear custos e tornar a vida dos clientes bancários ainda mais otimizada.
Essas foram apenas algumas das tendências para os bancos do futuro. Vamos aguardar como elas serão colocadas em prática e como serão percebidas pelos consumidores aqui no Brasil.